quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

São Paulo, São Paulo ( Nossa terra!)

É sempre lindo andar na cidade de São Paulo
O clima engana, a vida é grana em São Paulo
A japonesa loira, a nordestina moura de São Paulo
Gatinhas Punks, com jeito ianque de São Paulo
Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia
Não vá se incomodar com a fauna humana
de São Paulo (de São Paulo...)
Pardais, baratas, ratos na rota
de São Paulo (de São Paulo..)
E pra você criança, muita diversão — e poluição
Tomar um banho no Tietê ou ver TV
Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia
Chora Menino, Freguesia do Ó, Carandiru, Mandaqui (aqui!)
Vila Sônia, Vila Ema, Vila Alpina, Vila Carrão, Morumbi — Pari
Butanta, Utinga, M Boi Mirim, Brás, Brás, Belém
Bom Retiro, Barra Funda, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Lapa, SE
Jabaquara, Pirituba, Tucuruvi, Tatuapé
Pra quebrar a rotina no fim de semana
em São Paulo (em São Paulo)
Lavar o carro comendo um churro
é bom pra burro!
Um ponto de partida pra subir na vida
em São Paulo (em São Paulo)
Terraço Itália, Jaraguá, Viaduto do Chá
Na grande cidade me realizar, morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia
Na periferia a fábrica escurece o dia
Na periferia a fábrica escurece o dia
(Premeditando o Breque)

Sampa

Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee, a tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vide mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelho
e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
afasto o que não conheço
e quem vende outro sonho feliz de cidade
aprende de pressa a chamar-te de realidade
porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
da força da grana que ergue e destrói coisas belas
da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas,
túmulo do samba
mais possível novo quilombo de Zumbi
e os novos baianos passeiam na tua garoa
e novos baianos te podem curtir numa boa...
Caetano Veloso

São Paulo


Alguns dos meus queridos amigos cariocas têm mania de achar São Paulo parecida com Nova York.
Discordo deles.
Só acha São Paulo parecida com Nova York quem não conhece bem a cidade.
Ou melhor, quem a conhece superficialmente e imagina que São Paulo seja apenas uma imensa Rua Oscar Freire.
Na verdade, o grande fascínio de São Paulo é parecer-se com muitas cidades ao mesmo tempo e, por isso mesmo, não se parecer com nenhuma.
São Paulo, entre muitas outras parecenças, se parece com Paris no Largo do Arouche, Salvador na Estação do Brás, Tóquio na Liberdade, Roma ao lado do Teatro Municipal, Munique em Santo Amaro, Lisboa no Pari, com o Soho londrino na Vila Madalena e com a pernambucana Olinda na Freguesia do Ó.
São Paulo é um somatório de qualidades e defeitos, alegrias e tristezas, festejos e tragédias.
Tem hotéis de luxo, como o Fasano, o Emiliano e o L'Hotel, mas também tem gente dormindo embaixo das pontes.
Tem o deslumbrante pôr-do-sol do Alto de Pinheiros e a exuberante vegetação da Cantareira, mas também tem o ar mais poluído do país.
Promove shows dos Rolling Stones e do U2, mas também promove acidentes como o da cratera do metrô e o do avião da TAM em Congonhas.
São Paulo é sempre surpreendente.
Um grupo de meia dúzia de paulistanos significa um italiano, um japonês, um baiano, um chinês, um curitibano e um alemão.
São Paulo é realmente curiosa.
Por exemplo: têm diversos grandes times de futebol, sendo que um deles leva o nome da própria cidade e recebeu o apelido 'o mais querido'.
Mas, na verdade, o maior e o mais querido é o Corinthians, que tem nome inglês, fica perto da Portuguesa e foi fundado por italianos, igualzinho ao seu inimigo de estimação, o Palmeiras.
São Paulo nasceu dos santos padres jesuítas, em 1554, mas chegou a 2007 tendo como celebridade o permissivo Oscar Maroni, do afamado Bahamas.
São Paulo já foi chamada de 'o túmulo do samba' por Vinicius de Moraes, coisa que Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Germano Mathias provaram não ser verdade, e, apesar da deselegância discreta de suas meninas, corretamente constatada por Caetano Veloso, produziu chiques, como Dener Pamplona de Abreu e Gloria Kalil.
Em São Paulo se faz pizzas melhores que as de Nápoles, sushis melhores que os de Tóquio, lagareiras melhores que as de Lisboa e pastéis de feira melhores que os de Paris, até porque em Paris não existem pastéis, muito menos os de feira.
Em alguns momentos, São Paulo se acha o máximo, em outros um horror.
Nenhum lugar do planeta é tão maniqueísta.
São Paulo teve o bom senso de imitar os botequins cariocas, e agora são os cariocas que andam imitando as suas imitações paulistanas.
São Paulo teve o mau senso de ser a primeira cidade brasileira a importar a CowParade, uma colonizada e pavorosa manifestação de subarte urbana, e agora o Rio faz o mesmo.
São Paulo se poluiu visualmente com a CowParade, mas se despoluiu com o Projeto Cidade Limpa.
Agora tem de começar urgentemente a despoluir o Tietê para valer, coisa que os ingleses já provaram ser perfeitamente possível com o Tâmisa. Mesmo despoluindo o Tietê, mantendo a cidade limpa, purificando o ar, organizando o mobiliário urbano, regulamentando os projetos arquitetônicos, diminuindo as invasões sonoras e melhorando o tráfego, São Paulo jamais será uma cidade belíssima.
Porque a beleza de São Paulo não é fruto da mamãe natureza, é fruto do trabalho do homem.
Reside, principalmente, nas inúmeras oportunidades que a cidade oferece, no clima de excitação permanente, na mescla de raças e classes sociais.
São Paulo é a cidade em que a democratização da beleza, fenômeno gerado pela miscigenação, melhor se manifesta. São Paulo é uma cidade em que o corpo e as mãos do homem trabalharam direitinho, coisa que se reconhece observando as meninas que circulam pelas ruas.
E se confirma analisando obras como o Pátio do Colégio (local de fundação da cidade), a Estação da Luz (onde hoje fica o Museu da Língua Portuguesa), o Mosteiro de São Bento, a Oca, no Parque do Ibirapuera, o Terraço Itália, a Avenida Paulista, o Sesc Pompéia, o palacete Vila Penteado, o Masp, o Memorial da América Latina, a Santa Casa de Misericórdia, a Pinacoteca e mais uma infinidade de lugares desta cidade que não pode parar, até porque tem mais carros do que estacionamentos. São Paulo não é geograficamente linda, não tem mares azuis, areias brancas nem montanhas recortadas. Nossa surfista mais famosa é a Bruna, e nossos alpinistas, na maioria, são sociais.
Mas, mesmo se levarmos o julgamento para o quesito das belezas naturais, São Paulo se dá mundialmente muito bem por uma razão tecnicamente comprovada.
Entre as maiores cidades do mundo, como Tóquio, Nova York e Cidade do México, em matéria de proximidade da beleza, São Paulo é, disparado, a melhor.
Porque é a única que fica a apenas 45 minutos de vôo do Rio de Janeiro. O mais importante é que com essa distância nenhuma bala perdida pode alcançar São Paulo!
(Washington Olivetto - paulista, paulistano e publicitário).

ADOREEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIII!!!




...ser paulistano...

Você sabe que é paulistano quando:
-Chama o semáforo de 'farol'.
- Diz 'bolacha' em vez de biscoito.
- Diz 'cara' em vez de menino.
- Diz 'mina' em vez de menina.
- Diz 'bexiga' em vez de balão.
- Diz 'sorvete', tanto para picolé como para sorvete de massa.
-Acha que não tem sotaque nenhum.
- Ri do sotaque de todo mundo (gaúcho, carioca, mineiro, nordestino, capixaba, etc...)
-Vê uma pessoa mal vestida e chama de 'baiano'.
-É extremamente possessivo, pois emprega a palavra 'MEU' em praticamente todas as frases.
- Fala sobre o tempo para puxar assunto.
-Enfrenta sol, chuva, frio, calor, tudo no mesmo dia e acha legal..
- Sai todo agasalhado de manhã, tira quase tudo a tarde e põe tudo de volta à noite.
-Tem mania de levar o carro para polir no sábado ou no domingo. O carro fica brilhando, só que toda vez que vai sair com ele para passear... CHOVE.
-Fala que vai para praia sem especificar qual.
- Fica a temporada no Guarujá, Maresias ou Ubatuba, mesmo que chova mais do que faça sol
- Chama Ubatuba de 'Ubachuva'
- Fala mal da Praia Grande, mas toda virada de ano fica sem dinheiro e acaba indo para lá.
- Faz fila para tudo (elevador, banheiro,ônibus, banco, mercado, casquinha do MC'DONALDS, etc.)
- Todo dia tem que passar na 'DROGARIA SÃO PAULO' ou na 'DROGA RAIA'
-Cumprimenta os vizinhos apenas com 'oi' e 'tchau'.
- Espera a semana inteira pelo final de semana e quando ele chega, acaba não fazendo 'nada'.
- Convida: 'Passa lá em casa', mas nunca dá o endereço.
- Chama o povo do interior de São Paulo de 'caipira'.
AI QUE SAUDADE!!!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Caminhando e cantando

Pessoal, fim de semana é mesmo tudo de bom né?
Saimos pra nossa já tradicional caminhada de domingo...
O trajeto foi o mesmo...
Dessa vez saimos da Enseada do Suá.
A Terceira Ponte e um navio passando pelo canal da Baía de Vitória.

Nossa família, no mirante da Praça do Papa.

Meu amor, minha vida, minha história...

O céu pálido...reparem na foto abaixo a diferença de tonalidade do manto azul...

Essa foto foi tirada em junho...Diferente esse céu né?

Mas o lugar continua lindo...E meus amores também!

O navio foi chegando mais perto...Assustador o tamanho dele...
E o céu "num tom de azul quase inexistente, azul que não há,
azul que é pura memória de algum lugar..."

Ao chegarmos na Praça dos Desejos, surpresa!
Montaram o Presépio...Adoooooooooooooooooooro!

No coreto...Um trio de Papais Noel...E tocam de verdade viu !?
Mais tarde voltaremos à praça para visitarmos a Feira de Natal.
Aguardem o registro em fotos.
Um super beijo, estamos quase chegando...
Tchau, tchau, galera!





























quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

"Tudo é melhor com essa cor..."

Puxa turma, como tem chovido por aqui.
Graças a Deus não podemos reclamar ...
Em Vila Velha a situação está bem pior que em Vitória...
Mas domingo, surpresa!!!
Quem apareceu? Ele, o Dr. Sol...Obá!
Lembra a canção?
"Vai saber, o que muda o dia de qualquer um, se o Sol chegar, é bom!
Tudo é melhor com essa cor..."
Saimos pra uma caminhada pela orla...Do Iate Clube, passamos pela Praça dos Namorados e fomos até a Curva da Jurema...

Tinha capixaba se arriscando nas águas...

Está certo que o céu ainda não estava com aquele "azul celeste celestial", mas depois de duas semanas de chuva, foi bom ver o dia claro novamente...
Mas reparem a quantidade de nuvens...
Será que o tempo vai firmar?
Se depender do bom humor do Pedrinho....

Adora fazer pose!
Caminhamos bastante...Fazia tempo que não víamos o mar.
Como é engraçado isso!
Deveríamos ver o mar todos os dias, afinal,
" a gente que enfrenta o mal,
quando a gente fica em frente ao mar
a gente se sente melhor..."
Quem sabe agora a chuva dá uma trégua e no próximo final de semana a gente pega uma praia?
Estamos torcendo!!!
Beijinhos...






















terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A natureza e o Convento

Oi gente!!!Em julho visitamos o Convento da Penha, em Vila Velha.

A Tia Vany filmou tudinho...Queremos compartilhar com vocês!

O Convento fica rodeado por um pedacinho da Mata Atlântica e seus adoráveis moradores...